O nosso amigo Ernesto participou na 22º edição da Quebrantahuesos.
Na partida em Sabiñánigo estavam preparados 9698 atletas para participarem na Quebrantahuesos com 202km e na Treparriscos com 82.7 km.
Ao fim de praticamente 6 horas de prova, começavam a chegar os primeiros atletas. Tinham passado por Marie Blanque e
Portalet, ambos locais muito conhecidos do Tour de France.
Mas quem melhor para explicar a aventura que o Ernesto? Passo então a palavra ao aventureiro:
"Tudo começou na sexta feira às 5h da manhã,com o inicio da vaigem de
1.000kms até ao destino. Chegamos por volta das 18h para levantar
dorsais. O ambiente é extraordinário, uma autentica cidade com tudo para
acolher os ciclistas além de tendas de diversas marcas de equipamentos,
acessórios, bicicletas e muita cerveja.
Chegados ao Hotel ainda fomos dar uma volta curta só para esticar as pernas. No dia seguinte a partida foi às 7.30h ( hora Espanhola ), nunca vi um ambiente assim. Cerca de 9.000 ciclistas e um misto de festa e nervosismo pelo que nos esperava nos 205kms de percurso. O inicio foi feito em Auto estrada cortada propositadamente para a prova de forma a dispersar a malta toda. A primeira dificuldade surge perto do km 30, uma subida de 20kms até ao cimo do Puerto de Somport, não foi muito difícil porque estávamos frescos e a inclinação não é muito acentuada, é tipo Caramulo. Depois uma descida de 30kms fenomenal pela paisagem que só os Pirinéus nos conseguem dar. A seguir o mítico Col de Marie Blanc ( Contagem de 1ª no Tour de França) são 10kms em que nos últimos 4 a inclinação vai aos 12 e 13% só as centenas de pessoas que nos incentivam ao longo da estrada nos permitem chegar com boa cara. Chegamos ao topo com 110kms e mais uma descida belíssima mas mais curta. Por volta dos 120kms começa o que para mim é a parte mais espectacular do percurso: a subida do Puerto del Portalet. São 30 kms sempre a subir até aos 1.800mts de altitude, em cada km que fazia lembrava-me que naquele mesmo sitio passam os grandes nomes do ciclismo, é ali que aqueles que mais admiramos disputam e lutam de forma espectacular pela amarela. É uma subida de pura montanha com uma paisagem envolvente de cortar a respiração e sobretudo não consigo explicar a sensação de ouvir milhares de pessoas ao longo de estrada a incentivarem como se fossemos ciclistas. Chegados ao topo mais uma descida para encontrarmos a última grande dificuldade já com 175kms nas pernas, Hoz de Jaca. São apenas 3kms mas com inclinação superior a 10%. o Inferno para muita gente que não resiste a pôr o pé no chão. A partir dai é só gerir o esforço e gastar as últimas energias para completar a prova. Uma organização do melhor a todos os níveis, 130 médicos, 70 fisioterapeutas, 3 hospitais de campanha, 1 hospital móvel 12 ambulâncias, 40 carros de assistência mecânica, 45 motos,32 carrinhas, tudo o que quiséssemos nos reabastecimentos, muito bem sinalizado e à chegada bar aberto para todos os participantes, para além do lanche.
O que mais custou foi mesmo a viagem de regresso, mais 1.000kms mas desta vez com um grande empeno nas pernas."
Chegados ao Hotel ainda fomos dar uma volta curta só para esticar as pernas. No dia seguinte a partida foi às 7.30h ( hora Espanhola ), nunca vi um ambiente assim. Cerca de 9.000 ciclistas e um misto de festa e nervosismo pelo que nos esperava nos 205kms de percurso. O inicio foi feito em Auto estrada cortada propositadamente para a prova de forma a dispersar a malta toda. A primeira dificuldade surge perto do km 30, uma subida de 20kms até ao cimo do Puerto de Somport, não foi muito difícil porque estávamos frescos e a inclinação não é muito acentuada, é tipo Caramulo. Depois uma descida de 30kms fenomenal pela paisagem que só os Pirinéus nos conseguem dar. A seguir o mítico Col de Marie Blanc ( Contagem de 1ª no Tour de França) são 10kms em que nos últimos 4 a inclinação vai aos 12 e 13% só as centenas de pessoas que nos incentivam ao longo da estrada nos permitem chegar com boa cara. Chegamos ao topo com 110kms e mais uma descida belíssima mas mais curta. Por volta dos 120kms começa o que para mim é a parte mais espectacular do percurso: a subida do Puerto del Portalet. São 30 kms sempre a subir até aos 1.800mts de altitude, em cada km que fazia lembrava-me que naquele mesmo sitio passam os grandes nomes do ciclismo, é ali que aqueles que mais admiramos disputam e lutam de forma espectacular pela amarela. É uma subida de pura montanha com uma paisagem envolvente de cortar a respiração e sobretudo não consigo explicar a sensação de ouvir milhares de pessoas ao longo de estrada a incentivarem como se fossemos ciclistas. Chegados ao topo mais uma descida para encontrarmos a última grande dificuldade já com 175kms nas pernas, Hoz de Jaca. São apenas 3kms mas com inclinação superior a 10%. o Inferno para muita gente que não resiste a pôr o pé no chão. A partir dai é só gerir o esforço e gastar as últimas energias para completar a prova. Uma organização do melhor a todos os níveis, 130 médicos, 70 fisioterapeutas, 3 hospitais de campanha, 1 hospital móvel 12 ambulâncias, 40 carros de assistência mecânica, 45 motos,32 carrinhas, tudo o que quiséssemos nos reabastecimentos, muito bem sinalizado e à chegada bar aberto para todos os participantes, para além do lanche.
O que mais custou foi mesmo a viagem de regresso, mais 1.000kms mas desta vez com um grande empeno nas pernas."
Agradecimentos ao Núcleo de Cicloturismo Roda Livre pelas fotos.
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