Eis que nos encontramos na prova de S.J. Monte...já no ano passado a prova não tinha sido
fácil mas ainda estávamos para descobrir o trilho deste ano...
Começámos a rolar em alcatrão, como é normal para se separar um pouco o pelotão, mas rapidamente demos conta que estávamos perto da cadeia montanhosa do Caramulo...nem tínhamos o turbo à temperatura e já aparecia uma subida.
Resumidamente, o trajecto era interessante e bastante técnico. Ainda antes da separação entre as duas distâncias, existia uma descida bastante técnica, com pedra até dizer "chega lá de pedra...estou a ficar com os dedos dormentes de segurar a bike com tanta força...". Esta descida era numa encosta íngreme e com difícil acesso a meios de socorro, caso tivessem sido necessários.
Depois de algumas descidas mais simples pelo meio dos eucaliptais recém-plantados e umas subidas bem puxadinhas, passámos por algumas aldeias características da região e, como não podia deixar de ser...passámos por calçadas romanas. E quando não se estava a pedalar em calçada romana estava-se a pedalar entre pedras (parecia uma família...pedras grandes, médias, pequenas e algumas enormes...).
Já perto do final, na maratona, começámos a grande subida de alcatrão pela encosta do Caramulo. Mais umas pedaladas e íamos até ao Caramulinho.
A partir daqui é que as coisas se complicaram...as descidas eram cada vez mais exigentes, tanto para a bike (que tinha de aguentar a pancada sem se queixar) como para nós. Exigia bastante fisicamente e não perdoava se a nossa técnica não estivesse de saúde. Apesar de bastante difícil, lá fomos andando...mais devagar, mais depressa, consoante as pedras deixavam. A Troika que não descubra estes caminhos senão dizem para se pagar algum tipo de imposto...afinal estávamos a trabalhar partindo pedra com as bikes...ora com a pedaleira ora com as rodas..."Mas que raio...não sabia que havia tanta pedra nesta zona...será que, para cumprir alguma promessa, andaram a acartar as pedras para o trilho..."
Com sacrifício, pois os km já começavam a pesar, todos chegámos sem problemas.
Agora com outro fotógrafo, para todos ficarem na fotografia de família:
Temos de salientar alguns pontos menos positivos:
-marcações (algumas fitas não estavam onde eram necessárias ou então eram pouco visíveis apesar da velocidade não ser muita. Devido a isto, ficámos perdidos certamente uma dezena de vezes, perdendo bastante tempo e sofrendo penalizações no final).
-madeira nos trilhos (havia imensos pedaços de madeira no trilho. Tanto podiam ficar presos nos raios, como nos esticadores. Numa situação mais grave, podiam fazer perder o controlo da bike numa curva.).
-almoço (o olfacto não convidava a provar a comida mas se era algum problema com algum ingrediente ou era suposto cheirar assim, não sabemos...valeu ser dia de feira e haver frango de churrasco).
-banhos (também o ano passado tinha existido este problema...embora alguns de nós tivessem tomado banho de água quente, quando começámos a ouvir que a água estava gelada, optámos por tomar banho em casa...também não estávamos assim tão longe...).
Como todos os que participantes sabem, existiram problemas, mas é preciso agradecer ao pessoal do Inatel o esforço que fazem para tudo correr bem.Se esta prova não correu muito bem do ponto de vista de organização, para a próxima vão melhorar pois têm ouvido as opiniões de todos os atletas.
Um obrigado ao amigo José Luís que, na maratona, levou GPS e nos alertava se saíamos do trilho. Por esta altura, já o Vicente ia muito à frente, e embora se tenha perdido algumas vezes, não teve consequências graves.
Na hora de regressar, como é habitual, a boa disposição era nossa companheira.
Actualizando o nosso dificultómetro:
-1ºlugar - Castro Daire (sobe e desce e sobe exigindo muita técnica e perícia) e S.J. Monte (as muitas descidas técnicas, com pedra fizeram com que entrasse para o 1º lugar).
-2º lugar - Vouzela (a terra dos single-tracks muito técnicos que não têm fim).
-3º lugar - Cantanhede (sempre a rolar...)
A classificação dos nossos atletas ficou assim:
Meia-Maratona:
-9º - Paulo Neves.
-73º - Vítor Santos.
-143º - António.
-146º - Custódio.
A posição do João ficou comprometida pelo aspecto das marcações, somando nesta prova mais 23 pontos.
Maratona:
-17º - Vicente.
-39º - Vítor.
-40º - Paulo.
Agora é altura de treinar para a nossa próxima prova do Up&Down...Seia...mais uma etapa que promete!
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